
Nada é mais o que era
É o que quer que sobrou de mim
Já não é mais eu
É o que quer que sobrou de mim
Já não é mais eu
***
No ciberespaço fustigado
Pela comodidade do embaraço
Quando o céu do nosso porto
Não passa de um canal de televisão
Seus olhos são só
Um AVI distraído
Um coral de lágrimas
No mar de miúdos
O aço lúcido,
Os cílios caídos
Nos ventos de Julho
Pela comodidade do embaraço
Quando o céu do nosso porto
Não passa de um canal de televisão
Seus olhos são só
Um AVI distraído
Um coral de lágrimas
No mar de miúdos
O aço lúcido,
Os cílios caídos
Nos ventos de Julho
Inspirado na obra de William Gibson
2 Comentários
William Gibson é fantástico. Um poema que poderia ser um Álvaro de Campos do ciberespaço.
ResponderExcluirSério? Não tinha pensado nele dessa forma. Obrigado! Comprei a nova edição de Neuromancer na Bienal e estou achando completamente incrível!
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