Talvez Seja Amor

By Luísa Scheid - quarta-feira, julho 01, 2015


  Acho que é amor, não sei dizer. Nunca fui muito de acreditar nesse tipo de conexão, mas não há forma melhor para descrever o que me aconteceu ou o que me acomete toda vez que te vejo, em uma réplica perfeita da primeira vez que te encontrei.

  No dia, não soube explicar direito o que tinha me dominado, o que tinha acontecido. Achei que fossem apenas seus olhos, tão diferentes dos outros, querendo me ler, querendo me conhecer a fundo em uma conversa de cinco minutos. Talvez seu sorriso sincero, aberto e tranquilo, quando eu estava tão insegura. Ou seu toque em meu braço, dizendo que estava tudo bem.

  Voltei para casa ainda surpresa, mas consciente de que logo passaria. Mas não passou. Olhando para trás, é difícil dizer o que exatamente me leva de volta a mesma sensação da primeira vez que te vi, para aquela sensação de “quero te conhecer”. Talvez seja a forma como você secou minhas lágrimas depois de me dar bronca ou como me abraçou quando eu não consegui conter o choro. Ou como me beijou na testa depois e me deu espaço para respirar.

  Talvez seja pela forma que você se tornou meu porto seguro com cada toque, cada sorriso, cada olhar, que me sinto de volta ao primeiro momento que te vi. Presa à magia da imagem de perfeição que criei, que me sustenta e me enche de borboletas no estômago.

  Sim, você enche meu estômago de borboletas só com seu silêncio. Sinto suas asas baterem apressadas, tremendo e chocando-se contra meus órgãos. Sufocando-me e matando cada parte da minha existência só pela sua presença. E, por mais nervosa, por mais receosa que eu fique quando você se aproxima, eu gosto de toda essa energia correndo por dentro de mim. Gosto de como você me faz sentir.

  Gosto do seu sorriso torto quando entende o que se passa pela minha mente, e do seu sorriso largo quando se encanta por algo, por mais simples que seja; do seu olhar fascinado, e ainda mais do seu olhar profundo, analisando e me revirando por dentro; do seu abraço carinhoso, do compreensivo e, sobretudo, do amoroso.


  Acho que é amor mesmo que corre por dentro de mim quando você me toca, ou quando você me olha e diz que não precisa sequer tentar para ler meu olhar. Se não for amor, não me importa o nome... Faz-me bem de qualquer forma.



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